Intelectuais reunidos contra o Rodoanel; no detalhe, o diretor e ator José Celso Martinez |
Por Luiz Roiz
Da Redação do DG
Um grupo de artistas e intelectuais realizou hoje à noite, no Teatro Oficina, em São Paulo, um ato de protesto contra o trecho Norte do Rodoanel, que passará por Guarulhos na borda da Serra da Cantareira..
O ato recebeu o nome de “Macumba Antropófaga pela Serra da Cantareira”. O Oficina é o reduto do diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa.
Apesar de a obra já ter sido aprovada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, com recursos dos governos estadual e federal (que arcará com cerca de 30% do investimento), pequenas associações de ecologistas, especialmente da Zona Norte da capital, não deram o braço a torcer. Apelam agora a nomes com poderes midiáticos para apoiar a sua causa.
Alguns deles: Maria Adelaide Amaral, Denis Carvalho, Ivaldo Bertazzo, Fulvio Stefanini, Silvio de Abreu, Fabio Konder Comparato, Raquel Rolnik, Rosa Kliass e Aziz Ab’Saber.
A Serra da Cantareira, uma das maiores florestas urbanas do mundo, perdeu 1,4 milhão de m2 de área verde – o equivalente a 180 campos de futebol – nos últimos anos.
Estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Fundação SOS Mata Atlântica detectou 16 polígonos de desmatamento em torno da área de preservação da Serra, decorrentes da construção de condomínios de luxo e edificações feitas por grupos religiosos.
Segundo a Dersa, o Rodoanel Norte permitirá escoar boa parte do trânsito atual de caminhões que circulam pelas marginais Tietê e Pinheiros e pelas rodovias que chegam a São Paulo – Dutra, Fernão Dias e outras.
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