quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Movimentos Sociais

Após demolições, Prefeitura vai regularizar loteamento
Local foi palco de conflito em 18 de abril entre moradores e GCM

Após demolições, Prefeitura vai regularizar loteamento no Campo da Paz

Por Wellington Alves
Do Folha Metropolitana


A Prefeitura de Guarulhos vai regularizar o loteamento Campo da Paz, no Jardim Paraíso. O local foi palco de conflito em 18 de abril entre moradores que construíam residências e Guarda Civil Municipal (GCM) durante uma ação de demolição dos imóveis, coordenada pela Secretaria de Assuntos Jurídicos.
Na ocasião, três casas foram demolidas. A Prefeitura suspendeu a ação, depois de um homem ficar com os pulsos cortados, crianças serem atingidas com spray de pimenta disparado pela GCM e uma mulher desmaiar.
A Secretaria de Assuntos Jurídicos justificou as demolições para atender um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado (MPE) de São Paulo. O documento impedia que os moradores construíssem as casas enquanto a área não fosse regularizada.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Álvaro Garruzi, a regularização da área tomou outro rumo. Sem possibilidade de aprovação pelo Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Grapohab) por oito casas estarem construídas, a Prefeitura decidiu reconhecer a área como invadida e regularizar por conta própria.
“Temos autonomia para isso. A discussão do loteamento fica com o proprietário e a comunidade”, diz.
“Ainda temos medo”, diz moradora
A imagem de caminhões e carros da Prefeitura entrando no Campo da Paz, no Jardim Paraíso, para demolir residências no dia 18 de abril deste ano, não saiu da mente dos moradores.
A vice-presidente da Associação Unidos pela Terra, Maria Aparecida de Oliveira, conta que houve preocupação quando um carro da Prefeitura chegou ontem à região. “Falaram que só vieram confirmar que não continuamos com as construções, mas nunca se sabe”, diz.
Ela afirma que a comunidade ainda espera por informações da Prefeitura. Até o momento, 80 sócios pagam pelos lotes sem poderem construir nada.

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