quarta-feira, 27 de julho de 2011

Telefônica deixa Guarulhos cinco horas sem linha

Telefônica deixa Guarulhos cinco horas sem linha
Taxista Reinaldo Calmon não realizou corridas no período da manhã

Do Folha Metropolitana
Por Juliana Aguiar Carneiro

Os assinantes da Telefônica, principalmente da região central de Guarulhos e Nazaré Paulista, ficaram sem linha no mínimo por cinco horas durante toda manhã e tarde de ontem. De acordo com a assessoria da empresa, o problema ocorreu após uma instabilidade na central telefônica.
A ausência de telefone, já que das 10h às 15h não era possível nem ligar ou receber nenhuma ligação, contabilizou prejuízos para comerciantes e autônomos. É o caso dos taxistas que ficam no ponto da Igreja Matriz. “Depois das 10h o telefone não tocou uma vez sequer e a maior parte das nossas corridas são chamadas realizadas pelos hotéis da região. Normalmente faço sete viagens nesse horário; hoje eu não fiz nenhuma”, disse o taxista Reinaldo Calmon, 51 anos.
O assistente jurídico Ricardo Aparecido de Souza, 37, também teve problemas. Além de não conseguir falar com seus clientes, os mesmo não conseguiam falar com ele. “Entrei em contato com a central da Telefônica e eles me informaram que a situação só seria normalizada nas próximas 24 horas.”
De acordo com a assessoria de imprensa da Telefônica, o problema ocorreu apenas no serviço de voz e o Speedy desses usuários. Segundo a assessoria, assim que a empresa detectou a instabilidade, mobilizou equipes de engenheiros e técnicos para normalizar a situação no menor prazo possível.
Pane também deixou comércio sem máquinas de débito e crédito
O salão de cabeleireiros Vênus, localizado na Rua Felício Marcondes, costuma atender 60 clientes por dia. Por volta das 14h, apenas cinco haviam passado pelo local. Isso porque, além dos consumidores que não conseguiam agendar seus horários, a única forma de pagamento que o local pode oferecer durante o período da pane era à vista.
“A maior parte dos meus clientes paga pelo cartão ou de débito ou de crédito. Como dependo da linha para as máquinas funcionarem, acabei ficando totalmente no prejuízo. O salão está vazio”, disse o proprietário João Carlos Cabo Moreira, 44.
A Fast Farm, na Avenida Emílio Ribas, além de ficar sem as máquinas de cartões, a ausência de telefone impossibilitou o serviço de entrega de medicamentos.
“A máquina de cartões eu retirei uma sem fio da outra loja, mas como faço com a entrega? Na central de atendimento ninguém me dá uma resposta, falam somente que foi um acidente e deram um prazo de até 72h para voltar ao normal”, disse o funcionário Emerson Oliveira.

COMENTÁRIO DO BLOG: Esse é o custo das privatizações promovidas pelos tucanos no  Estado de São Paulo. As empresas de telefonia, energia, gás, mineradoras, bancos e estradas, privatizadas na década de 90, tem lucros expressivos e baixos investimentos na modernização dos serviços, acarretando sérios transtornos e onerando seus consumidores. As agências reguladoras não cumprem o papel fiscalizador e o governador Geraldo Alckimin faz discurso cobrando eficiência, como se não fosse ele o responsável pelo processo de privatizações promovidas pelo governo de Mario Covas, onde o próprio Alckimin era vice governador e coordenador do programa de desestatização, entregando as empresas públicas a preço de banana à iniciativa privada.

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