sábado, 30 de julho de 2011

Alto Tietê

Desapropriação preocupa comerciantes de Suzano
Em obras – Governo do Estado decretou como de utilidade
pública área do entorno da estação férrea
 
 
Desapropriação preocupa comerciantes de Suzano

Do Folha Metropolitana
Por Caroline Lopes

Comerciantes e moradores de Suzano estão apreensivos com a falta de informações do Governo do Estado sobre as desapropriações no entorno da parada férrea na Cidade. No último dia 18, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), por meio de decreto, declarou como de utilidade pública áreas no entorno da estação de trens, que será reconstruída pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Alckmin prevê que sejam gastos R$ 15,7 milhões em indenizações de proprietários suzanenses.
Leandro Viana, gerente de loja de veículos, é um dos que reclamam. “Há uns quatro meses, uns técnicos de empresa contratada pela CPTM vieram aqui e fizeram medições. No entanto, nada foi informado.”
Maria Vitória Crepaldi do Prado, dona de uma das seis residências que terão de deixar o local, também está tensa. “Alguns comerciantes, há um ano, até receberam uma notificação. Mas eu não. Nenhuma carta, nada. Estou muito preocupada com o valor da indenização. Vi na Imprensa que o Governo do Estado vai gastar R$ 15,7 milhões. Achei muito pouco para indenizar todo mundo.”
Também quer mais informações Vanderlei Thomazini, dono de loja de automóveis. “Até agora estamos com zero informação. Vários advogados já estiveram por aqui nos últimos dias. Nem eles sabem quando teremos de sair. Estou num ótimo ponto comercial, um dos melhores da Cidade. Precisamos de informações sobre prazos”, afirma.
Obra afetará 44 comércios, seis casas e três terrenos
Cinquenta e três imóveis serão expropriados dentro de uma área de 15,1 mil metros quadrados no Centro de Suzano declarada como de utilidade pública pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). As desapropriações integram a obra de construção de uma nova estação ferroviária na Cidade, na qual estão sendo investidos R$ 37 milhões. Dos 53 imóveis, 44 são comerciais, seis residências e três estão desocupados e já passam por processo de demolições.
Questionada pela Folha Metropolitana sobre a falta de informações aos lojistas e residentes da área, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), por meio da assessoria de imprensa, disse que “os proprietários começarão a ser notificados em breve e serão indenizados em dinheiro pelo valor de mercado dos seus imóveis”.

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