Boxeadores de renome envolvem-se em projeto no Jardim Santa Lídia

NOTA DO BLOGUEIRO: Posto abaixo uma bela iniciativa desenvolvida pelo boxeador Anderson Pantera, formado na Academia Coliseu, porém, deu os primeiros socos na antiga FEBEM, onde descobriu a vocação para pugilista. O projeto social desenvolvido no Jd. Santa Lídia, região do Taboão, é um belo passo para descobrir novos talentos, bem como tirar a garotada das ruas. Parabéns ao nosso "Pantera".

Crianças do projeto no Santa Lídia: na frente, de vermelho,

Pantera; à esq., Pedro Gomes, presidente da assossiação

do bairro; no fundo, Lino (de amarelo) e Washington (de preto)

Por Tiago Santos-Vieira
Da Redação do DG

Boxeador do Palmeiras, o peso cruzador Lino Barros esteve em Guarulhos na última sexta (16). Veio conhecer um projeto no Jardim Santa Lídia, que ensina boxe para adolescentes. Depois que o “deputado-federal-pugilista” Popó pendurou as luvas, Lino é talvez o mais expressivo pugilista brasileiro. “Minha benção está dada. Tomará que daqui saia alguma promessa”, profetiza o Lino, que foi prata no Pan de Winnipege (1999) e membro da equipe que foi às Olimpíadas de Sydney (2000).

O projeto, dentre outros treinadores, é encabeçado por Anderson Pantera, peso médio com títulos nacionais e latino-americanos no cartel, que foi formado no Coliseu Boxe Center, de Guarulhos. “Tenho passagem pela Febem. Saia na mão com todo mundo lá. Aí começaram a ensinar boxe na instituição. Me viram como um talento, comecei a treinar no Centro Olímpico de São Paulo e me profissionalizei. Quero evitar que essa molecada aqui do Santa Lídia tenham um caminho tão torto quanto o que tive”, conta Pantera.

O Coliseu Boxe é uma iniciativa do empresário local Willian Paiva, um apaixonado por boxe que ergueu a academia com, digamos, fins beneficentes. A academia está agora sob a égide de Washington Silva, outro atleta formado no Coliseu e que hoje defende o Corinthians. Washington, que disputou o Pan deste ano no México e que treina a estrela UFC Anderson Silva, revela seus planos para a instituição: “treinei em Cuba e lá isso é comum. O Coliseu será uma sede e em associações de bairro, como nessa do Santa Lídia (onde funciona o projeto), ensinaremos boxe, ocupando a cabeça da molecada”. Por fim, espeta: “Mas para acontecer, precisamos de apoio. Isso serve para quem quiser ajudar”.