quinta-feira, 3 de maio de 2012

ETE Várzea do Palácio ajudará a atenuar déficit hídrico


ETE Várzea do Palácio será a terceira entregue por Almeida
COMENTÁRIO DO BLOG: O prefeito Sebastião Almeida demonstra coragem e sensibilidade ao investir na construção das ETEs. Além de se mostrar preocupado com a qualidade de vida da população, ao investir em saneamento, mostra sua grande capacidade e responsabilidade sócio-ambiental.

Por Luiz Roiz
Da Redação do DG


A Estação de Tratamento de Esgoto Várzea do Palácio, que acaba de receber R$ 133 milhões do PAC (incluindo contrapartida municipal) para sua construção, poderá reduzir em até 10% o déficit hídrico do município graças ao sistema de reuso de água para fins industriais, dependendo do interessa de empresas..

Se for considerado o nível de consumo atual, a estação, se já estivesse operando a plena carga,poderia virtualmente extinguir o déficit hídrico do município, estimado em 10% pelo Sistema Autônomo de Águas e Esgotos (SAAE), autarquia municipal. "Essa obra tem dupla importância, pois além de tratar 15% do esgoto produzido na cidade, reduzirá significativamente o déficit hídrico", disse ao DG o superintendente do SAAE de Guarulhos, engenheiro Afrânio de Paula Sobrinho, que preferiu não falar em volume de água de reuso a ser produzida.

Quando entrar em funcionamento, ainda este ano, a ETE Várzea do Palácio deve elevar a 50% a quantidade de esgoto tratado na cidade. A meta do SAEE é atingir 80% em 2017, o que apagará de Guarulhos a sina de maior cidade poluidora do rio Tietê.

Os sistemas São João e Bonsucesso iniciaram operação, respectivamente, em setembro de 2010 e dezembro de 2011, respondendo pelo tratamento de 35% dos esgotos da cidade.

"É o maior programa do gênero no País", estima Paula. Mas o município sofre também com o abastecimento de água devido a um déficit hídrico de 10% para o consumo atual. Em determinados períodos, o rodízio no abastecimento é alvo de muitas reclamações dos consumidores.

"Recebemos R$56 milhões em 2007 e estamos investindo pesado na melhoria da eficiência do sistema. No entanto, assim como toda a Região Metropolitana de São Paulo, enfrentamos a escassez de água devido à localização geográfica na cabeceira dos rios", explicou Paula.

De acordo com o engenheiro, está sendo feito um esforço conjunto com a Sabesp, de quem o SAAE adquire água, mas alternativas como a melhoria da eficiência, uso racional e reuso podem aliviar ou até resolver o problema.

"A localização da ETE Várzea do Palácio é estratégica, pois a água de reuso que será produzida ali, numa segunda etapa das obras, abastecerá o parque industrial de Cumbica e mesmo o aeroporto, grandes consumidores." Guarulhos já explora "no limite" sua disponibilidade subterrânea e aguarda licenças da ANA (Agência Nacional de Águas) para aproveitar mananciais superficiais intocados.

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