domingo, 3 de junho de 2012

São João e adjacências sofrem com falta de obras

Falta de pavimentação é problema que persiste ao
longo dos anos na Cidade Soberana

COMENTÁRIO DO BLOG: Moro no Jd. São João e circulo pelos bairros mencionados nessa reportagem.
As obras de infraestrutura e saneamento avançaram bastante nos últimos anos, porém, ainda há muito por se fazer. Muitos loteadores descumpriram a lei ao vender terrenos sem a infraestrutura exigida na lei, deixando para a prefeitura o ônus de investir em obras básicas como água, iluminação, drenagem e pavimentação.
Também faltam vereadores eleitos pela região, comprometidos com as lutas sociais e bem estar do povo mais pobre. Outubro está chegando, portanto, cabe aos moradores dessa região, analisar cuidadosamente as propostas e compromissos dos concorrentes ao parlamento municipal.
A região do Pimentas é um belo exemplo de como vereadores podem contribuir para o desenvolvimento dos bairros. Tudo o que falta no São João e região tem no Pimentas: CEUs, Hospital, Universidade Federal, Agência do INSS, Shopping, etc.

Por Laís Domingues
Da Folha Metropolitana

Na última reportagem da série Ano Eleitoral, a Folha Metropolitana esteve na região do São João e os principais problemas apontados ainda é a infraestrutura, em especial a drenagem e pavimentação.
No Jardim São João, os problemas de drenagem estão perturbando comerciantes e moradores de locais como a Avenida Riachuelo e a Estrada do Saboó. O borracheiro Joatan Duarte Teles, 48, afirma que em dias de chuva, principalmente quando há feira livre, tem alagamento. “Tenho que fechar a borracharia porque a água chega até nos fundos. Na minha casa, que fica nesta rua, a água chega a alcançar um metro e meio”.

Segundo a dona de casa Rosilda da Silva, 49, a comunidade do Campo do São João, que fica na Estrada do Saboó é a mais atingida por enchentes devido ao Córrego da Vila do Sapo que fica próximo. Além do escoamento da maior parte da água da parte mais elevada do bairro para a região.
Outro ponto problemático fica na Rua Pedro Luiz que há cerca de dois anos sofre com o retorno do esgoto para dentro de 25 residências quando das chuvas.
Seródio – Na Cidade Seródio as enchentes também são apontadas como o principal problema. O ponto que mais tem sofrido fica entre as ruas Delfinópolis e Camacam. “A água chega ao joelho quando chove. O rio transborda e muitas vezes os bueiros também jorravam água. Nenhuma casa escapa.”, disse a vendedora Leda Pereira, 53.
A dona de casa Ivanda da Cruz fez uma escada de concreto em frente à sua casa para reduzir as cheias, mas as perdas são inevitáveis.
Asfalto é reivindicação antiga
A região do São João também sofre com a falta de pavimentação, em especial no Soberana. A situação é precária em vias como as ruas Atonina, Cerro Azul, Rio Negro e Tanque D’Arca, em que até mesmo o trânsito de veículos é difícil. Na Rua Caçapava, entretanto, as condições são ainda piores. Morador há 16 anos do local, Joedson Xavier, 30, afirma que diariamente precisa subir a via com a filha pois a perua escolar não consegue trafegar pelo local. “Além disso, o final da rua recebe toda a água coletada no bairro. Pelo menos quatro casas, e uma delas é a minha, sofrem com alagamentos”, disse.
No Jardim Fortaleza a situação se repete com ruas como a José Tavares da Silva e a Avenida dos Evangélicos. A Avenida João Callado também preocupa, pois devido aos constantes transbordamentos do córrego, parte da via, também sem pavimentação, já foi consumida pela erosão.
Estrada preocupa moradores
De acordo com o funcionário público Eduardo Barreto, 31, são registrados, no mínimo, três acidentes fatais por mês na região da Estrada Guarulhos/Nazaré entre a entrada do Soberana e do Fortaleza. Barreto perdeu o irmão em 2004 no trecho. “Mesmo depois de anos a situação permanece a mesma: falta iluminação e a sinalização é insuficiente”, afirmou.
O empresário Daniel Costa Nascimento, 26, viu há o melhor amigo engrossar o número de vítimas. “Como não há câmeras no local não se sabe se o motorista do carro perdeu a direção ou se ele abriu demais a curva. Ele faleceu na hora”.
Local precisa de redutores de velocidade
O professor da Universidade Guarulhos e técnico da Central de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), Tadeu Leite Duarte, afirmou que a situação no trecho da Estrada Guarulhos/Nazaré apontado pela reportagem é precária. Para Duarte, talvez haja um impasse entre o Governo e o município em relação ao local, entretanto é preciso uma solução rápida para o trecho urbano, com melhoria da iluminação noturna e a instalação de lombadas eletrônicas para o controle e redução da velocidade na aproximação das entradas dos bairros.
Já para o engenheiro e conselheiro da Associação de Arquitetos, Engenheiros e Agrônomos de Guarulhos (Asseag), Jorge Marques, toda a região do São João precisa de projetos especiais de urbanização em que sejam avaliados, antes mesmo da pavimentação, a drenagem, a rede de saneamento básico, e a diminuição dos aclives.

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