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Entre as propostas está a criação de um hospital veterinário, um centro de adoção e convênio com clínicas |
COMENTÁRIO DO BLOG: A criação de uma coordenadoria de proteção animal em Guarulhos será uma excelente iniciativa do prefeito Sebastião Almeida.
Infelizmente o número de animais abandonados na cidade tem aumentado muito, bem como, também existe um grande número de famílias que não ganham o suficiente para manter em dia suas obrigações com cães e gatos.
Por Deisy de Assis
Da Folha Metropolitana
Reivindicada por entidades da causa animal no município, a criação de uma Coordenadoria Municipal de Proteção Animal pode ser uma das promessas para a campanha eleitoral 2012.
A proposta, apresentada à Prefeitura neste mês, é resultado do 1º Seminário de Posse Responsável e Proteção Animal de Guarulhos em audiência pública realizado pela Câmara Municipal no ano passado.
“Pretendo incluir a questão nas discussões para o programa de governo”, disse o prefeito Sebastião Almeida, que vê com otimismo possibilidade de criação da pasta. O prefeito diz que uma coordenadoria específica possibilitaria o estudo para viabilizar as demais reivindicações.
Entre as propostas há a criação de um hospital veterinário público e de um centro de adoção, que funcionaria como um canil público, convênios com clínicas veterinárias particulares para castrações a baixo custo, além da reforma do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Guarulhos.
Maria Edy Rolim, presidente da Comissão de Defesa, Proteção e Preservação do Animal da Ordem dos Advogados (OAB), subseção Guarulhos, frisa os tópicos como fundamentais. “A ausência de um canil e de um hospital públicos são problemas graves na cidade, que levam a superlotação dos abrigos de protetores.”
Nova pasta destinada a políticas públicas e combate ao abandono
Em vias públicas, centenas de animais vivem em situação de rua. Apesar de estimar população de 260 mil cães e 80 mil gatos domiciliados, a Secretaria Municipal de Saúde não tem número de animais abandonados.
Hoje com 140 animais, o CCZ, cuja missão é o combate e controle das zoonoses, a fim de zelar pela saúde pública, realiza um trabalho de recolhimento seletivo. “Cães sadios não são recolhidos. Apenas os que oferecem riscos à saúde pública, seja por estas doenças ou por agressividade, conforme leis municipal e estadual”, explica o gerente da seção técnica de controle da raiva, Fernando Cortez.
O vereador José Luiz Luiz (PT), autor da Lei nº 6.033/04, destaca que a criação da coordenadoria levará a políticas públicas específicas. “Assim a Prefeitura poderá delimitar ações para reverter esse quadro e resguardar o direito dos animais.”
Município estuda castra-móvel
Na lista das propostas está a criação do castra-móvel. O prefeito afirmou que a implantação do serviço está em avaliação e pode ser posta em prática até o fim do ano. O recurso permitiria a descentralização das castrações do CCZ, levando a estrutura necessária para o procedimento aos bairros.
Atualmente, para conseguir a castração de cães e gatos, o munícipe deve se deslocar até ao CCZ, em Bonsucesso, e aguardar a disponibilidade de vaga. De 2009 até março deste ano, foram contabilizadas 34.650 castrações. Também são realizadas castrações nos chamados cães comunitários, que são cuidados por munícipes em vias públicas.
Parceria com o hospital veterinário
Especificamente para tratar dos animais acolhidos, o CCZ dispõe de uma estrutura hospitalar. A fim de prestar melhor assistência a fraturados, está em negociação uma parceria entre o órgão e o hospital veterinário particular São Pedro, na Capital, que pode ser colocada em prática ainda neste ano.
“A ideia é encaminhar alguns dos resgatados fraturados para tratamento especializado, com cirurgias e recursos como a fisioterapia”, comenta o gerente da seção técnica de controle da raiva do CCZ, Fernando Cortez.